terça-feira, 27 de setembro de 2011

Helicônias


Fonte: Adrielly Joanne dos Santos


Nome Científico: Heliconia rostrata
Sinonímia: Heliconia poeppigiana
Nome Popular: Helicônia, caetê, bananeira-do-brejo, bananeira-ornamental, caeté, papagaio
Família: Heliconiaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Amazônia
Ciclo de Vida: Perene

• São plantas arbustivas que podem atingir desde 1,50 metros até mais de 2 metros de altura. As helicônias crescem em qualquer tipo de solo, quer seja argiloso ou arenoso, mas o solo ideal deve ser rico em matéria orgânica, profundo, poroso e bem drenado.
• A irrigação pode ser por aspersão, micro-aspersão ou infiltração. Deve-se manter o solo úmido, sem, contudo causar excessos. A helicônia é sensível à falta de umidade no solo, podendo afetar em muito a qualidade do produto.
• O nome "Helicônia" vem do Monte Helicônia, na Grécia onde, segundo a mitologia, residiam Apolo e as Musas.
• O Rizoma é a parte primordial da Helicônia. Consiste em um órgão subterrâneo especializado e suas funções são de servir como fonte de reservas energéticas, nutrientes e água.
• Recomenda-se antes do empacotamento cortar a haste e submergi-la em recipientes com água com solução de cloro a 0,02%. Esta solução atuará como bactericida.
• Ao se implantar um cultivo comercial com helicônias recomenda-se o plantio de diferentes espécies, objetivando atender o mercado com produtos diferenciados em formas de cores.

Cultivo

No Brasil é recomendável plantar as helicônias depois do inverno, onde as variações das temperaturas diurnas e noturnas são mais acentuadas. No Nordeste, as helicônias podem ser plantadas em qualquer época do ano, com exceção das áreas serranas, em decorrência de períodos com baixas temperaturas. Regiões quentes e litoral, o período de julho e agosto, também não é muito favorável. O plantio de rizomas diretamente no campo em épocas chuvosas acarreta a perda considerável e necessidade de replantio. Mudas transplantadas necessitam de bastante água durante o período inicial de desenvolvimento. Quando se dispõe de um sistema de irrigação o pegamento das mudas é maior, principalmente quando realizamos o plantio nos meses quentes.
Geralmente, o preparo do terreno se dá ao nível de covas. Práticas como aração ou gradagem não são necessárias, pois o desenvolvimento radicular das helicônias é superficial. È recomendável abrir covas de 20x20x20cm substituindo a parte da terra retirada por matéria orgânica, obtendo uma proporção de 1:1 (terra: matéria). Uma opção mais fácil e eficiente é plantar em sulcos com 10 cm de profundidade. Também é recomendável misturar ao substrato 50g de adubo químico, de preferência rica em fósforo, nitrogênio e potássio. A fórmula química comercial dependerá da fertilidade do terreno, mas geralmente é utilizada a fórmula 18-6-12 (nitrogênio - fósforo - potássio - respectivamente).
A seleção das variedades a serem plantadas deve ser feita de acordo com a disponibilidade de material genético, condições ecológicas do local, a disponibilidade de sombra e principalmente de acordo com as exigências do mercado. As variedades usadas como flor de corte devem possuir as seguintes características:
Tratos culturais, pragas e doenças.
As touceiras devem ser divididas e replantadas após dois anos de cultivo. Para evitar o adensamento das touceiras, o ideal é cortar ao nível do solo as hastes que já tenham florescido. Algumas vezes é necessário o tutoramento das plantas, usando-se suportes de fio de arame esticados ao longo dos canteiros, para evitar o tombamento pela ação do vento ou do próprio peso.
Anualmente, deve-se fazer a cobertura dos canteiros com matéria orgânica, usando-se restos de folhas, bagaço ou outros compostos disponíveis.
Quanto às pragas e doenças, o principal problema da cultura é a ocorrência de nematóides, que exigem para seu controle o tratamento do solo antes do plantio. É rara a ocorrência de ácaros, cochonilhas e pulgões. Entre as doenças, destacam-se as fúngicas, causadas principalmente por Phytophtora e Pythium.


Época de floração de ao menos quatro meses ao ano

Variedades que florescem menos de quatro meses durante o ano, geralmente concentram a produção em um lapso de tempo muito curto, ou seja, o produtor geralmente tem problemas para escoar a produção. Ex. Wagneriana.

Durabilidade

A durabilidade é um dos fatores mais importantes, pois é a melhor característica que uma flor pode ter. Apesar de que a durabilidade da flor depois de cortada varie muito, é recomendável selecionar espécie cuja durabilidade da flor esteja entre cinco e dez dias. Essa durabilidade proporciona uma grande vantagem para as operações de transporte e distribuição do produto, porém para o mercado local pode tornar o produto menos consumido, pois pode ser reaproveitado.
Pequena duração: Alpinia zerumbet
Media: Psittacorum, calathea, dwarf, firebird, latispatha, pendula
Longa: Alpinia vermelha, opal, golden torch, adrian, rostrata, orthotricha, shampoo, wagneriana, lobster claw, musas, jaquinii, sexy pink, colinsiana e rauliniana.

Fácil Empacotamento

È recomendável trabalhar com variedades que apresentam a inflorescência em um único plano (brácteas uniformes), pois facilita muito empacotar a produção. Variedades com inflorescência em mais de um plano (brácteas desuniformes) são difíceis de empacotar e geralmente são facilmente danificadas, pois o acomodamento das brácteas se torna difícil e terminam quebrando durante o processo. Outro aspecto a ser analisado é o aproveitamento do espaço útil disponível tanto para a forma de empacotamento quanto para o transporte. Inflorescências desuniformes geralmente ocupam mais espaço e conseqüentemente poderia aumentar os custos de transporte.

Leve

Este fator é importante, pois está diretamente relacionado com o custo do transporte. É recomendável trabalhar com espécies de inflorescências mais leves, pois além de reduzir os custos de transporte diminui os riscos de danos por esmagamento das flores.

Inflorescência (flor) com o mínimo de sementes possível

As sementes que emergem das brácteas são muito sensíveis e desprendem-se facilmente. Geralmente as sementes permanecem dentro das brácteas e entram em decomposição provocando um mau odor nas flores. Também, quando a presença de sementes é excessiva nas flores, estas dificultam o manejo durante a armação dos arranjos florais e "sujam" o local.


Publicado pela aluna Adrielly Joanne dos Santos do 2ºF -2011


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